O Imperador Constantino
O homem que proibiu a perseguição aos cristãos em 311 nasceu na Sérvia de hoje, filho de Constâncio Cloro (293-306), César de Diocleciano no Ocidente e depois Augusto. Sua mãe foi Santa Helena, que construiu as belas basílicas nos lugares.
Foi educado na corte de Diocecliano, a Nicomédia; entrou para o exército aos 15 anos e aos
18 anos já era destacado oficial superior; era corajoso e admirado pelos soldados e por César Galério, de quem se tornou adversário mais tarde.
Santa Helena, cuja festa litúrgica é celebrada no dia 18 de Agosto, nasceu em Bitínia, de família plebeia; foi repudiada pelo marido, o tribuno militar Constâncio Cloro, por ordem do imperador Diocecliano porque a lei romana não reconhecia o casamento entre um patrício e uma plebeia; por isso Helena era considerada simplesmente uma concubina, e quando Constâncio Cloro teve o título de Augusto, com o colega Galério, teve de abandonar Helena, embora conservando consigo o filho Constantino nascido da união deles em 285. Quando Constantino foi aclamado Augusto em 306 em York, pelas legiões da Bretanha, Helena pôde voltar ao lado do filho, com o merecido título de Mulher Nobilíssima e o título de Augusta. Santa Helena construiu célebre basílicas nos lugares santos.
Mesmo com a idade avançada, foi à Palestina para seguir as escavações iniciadas em Jerusalém pelo bispo São Macário, que reencontrou o túmulo de Cristo escavado na rocha e pouco distante a Cruz do Senhor e as duas cruzes dos ladrões. O reencontro da Cruz De Cristo , em 326, produziu uma grande emoção em toda a cristandade (Sgarbossa, 1996, p.261).
Em 306 quando seu pai Constâncio Cloro morreu, as legiões que o admiravam proclamaram Constantino Augusto, sem que Galério fosse consultado. Constatino, depois de convertido, atribui-a suas vitórias ao Deus dos cristãos e considerou cada vez mais a Igreja como um novo fundamento espiritual e ético para o Império. Ele acreditava ter sido escolhido por Deus e isto parece que lhe justificava colocar-se acima de Igreja para cuidar do seu bem-estar e de sua unidade.
Constatino reinou de 306 a 337, se tornou o grande poder no Ocidente. Teve um primeiro casamento com Minerva; com ela teve o filho Crispo (317-326); e um segundo casamento com a bela Fausta, filha de Maximiano Hércules, irmã de Maxêncio, que Fausta teve cinco filhos: Constatino II (337-340); Constâncio II (337-361); Constante (337-350); Constância, que se casou com Anibaliano, e depois com Constâncio Galo; e Flávia Helena, que se casou com Juliano, o Apóstata.
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O Edito de Milão
"A liberdade de religião e quanto às coisas divinas cada um obedeça a sua consciência".
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Constantino tinha a convicção de se encarregado pela Providência divina de uma missão referente à salvação do mundo, representante de Deus na terra, como fora mais tarde Carlos Magno no século IX e São Luís da França no século XIII. Eusébio, bispo de Cesareia, falecido em 340, que o louvou profundamente, resumiu assim seu reinado: