HISTÓRIA DA IGREJA                                                                                                 

"Talvez não haja nos Estados Unidos uma centena de pessoas que odeiem a Igreja Católica, mas há milhões de pessoas que odeiam o que erroneamente supõe o que seja a Igreja Católica."            Arcebispo americano Fulton Sheen

"Ninguém ama o que não conhece". As palavras do arcebispo Fulton Sheen revelam essa realidade sobre a Igreja. Estudantes e profissionais de mídia conhecem a história da Igreja de maneira distorcida. Essa visão disforme leva à propagação de mentiras e de ódio contra a divina Instituição e Corpo Místico de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Para conhecer a Igreja é preciso conhecer a sua História. O Dr. Thomas E. Woods, PhD da universidade de Harvard, escreveu um belo livro mostrando que a Igreja construiu e salvou a civilização ocidental (Woods, 2008), algo que pouco conhecem.

Muitos mitos e mentiras são ditos sobre a Igreja, especialmente que a Igreja Católica é inimiga da ciência, do progresso e da razão. Uma blasfêmia sem tamanho, que demonstra ignorância histórica ou má-fé. Coisas absurdas ridículas são ditas da Igreja, e as pessoas acreditam porque não conhecem a verdade. Pior ainda, alguns católicos acreditam nessas mentiras e começam a duvidar da grandeza da Igreja e de sua importância fundamental na História. A verdadeira glória da Igreja Católica só pode ser conhecida, conhecendo a sua sagrada História.

O Papa João Paulo II disse que:

[...]em um mundo onde as pessoas estão submetidas a uma contínua pressão cultural e ideológica dos meios de comunicação social, e de uma atitude agressivamente anticatólica de muitas seitas, é essencial que os católicos conheçam o que ensina a Igreja, compreendam esse ensinamento e experimentem sua força libertadora" (07 de maio de 2002).

A aversão à Igreja Católica começou com os intelectuais iluministas há cerca de dois séculos. Eles desvalorizaram sistematicamente a Idade Média, conduzida pela Igreja, como se fosse uma época só de atraso e ignorância estimuladas pela Igreja Católica; uma grande mentira desmentida por grandes historiadores atuais não católicos como Jacques Leg Goff; Règine Pernoud, Jacques Verger, e outros.

Nos últimos cinquenta anos, historiadores sérios têm mostrado a importância fundamental da Igreja. Foi ela quem fundou as primeiras universidades no Ocidente (Sorbonne, Oxford, Salamanca, Bolonha, Montpellier, La Sapienza, etc.), essa instituição que mudou o mundo. Foi a Igreja Católica que cultivou as ciências, as artes plásticas de beleza incomparável, a arquitetura, a música, a astronomia, a agricultura.

O sistema universitário que a Igreja fundou a partir do século XII, estimulava e encorajava o debate rigoroso e a racionalidade. Nunca houve maior defensora da razão do que a Igreja. Hoje, professores como Edward Grant, Thomas Goldstein, A. C. Crombie, David Lindberg e muitos outros, concordam que você não pode dizer que a Igreja foi uma oponente das ciências.

Foram os filósofos escolásticos da Igreja que desenvolveram os conceitos básicos da economia moderna. Foi a a Igreja que desenvolveu o Direito, o direito à propriedade, o direito de ser respeitado e não ser assassinado, garantia da liberdade e da justiça, nascido do Direito Canônico.

A Igreja introduziu uma nova e bela moral na sociedade, incutiu a prática da caridade como jamais outra instituição o fez. Na antiguidade não se fazia o bem a alguém sem retribuição.

Os Jesuítas da Companhia de Jesus foram tão grandes em astronomia, que hoje 35 crateras lunares têm o nome deles. Um entre cada vinte dos maiores matemáticos da História era jesuíta. Eles ajudaram a fundar e se tornaram os maiores estudiosos sobre os terremotos, a Sismologia.

A Igreja teve de empreender a tarefa de introduzir a lei do Evangelho entre os povos bárbaros que tinham o homicídio como a mais honrosa ocupação e a vingança como sinônimo de justiça (Christopher Dawson).

O Cristianismo trouxe ao mundo uma mensagem de paz e de amor. No entanto, houve muitas lutas na trama de sua história. Para defender a dignidade do homem, salvar a sociedade e pôr limites à autoridade despótica do Estado, a Igreja foi obrigada a enfrentar muitas lutas que deixaram a civilização cristã firmemente consolidada na terra.

A Igreja defendeu, em todos os tempos, o maior dom que Deus concedeu ao homem: a liberdade, síntese e expressão dos direitos da pessoa humana. Como disse o Papa Pio XII: "As lutas que, obrigadas pelo abuso do poder, a Igreja tem que sustentar em defesa da liberdade que Deus outorgou, ao mesmo tempo, batalhas pela verdadeira libertação do homem" (Alocução sobre a democracia, de 25 de Dezembro de 1944, época de guerra e de regimes tirânicos). Esta liberdade é um dos elementos básicos da civilização cristã, a qual se destaca entre todas as demais civilizações.

Conhecendo a História da Igreja podemos amá-la mais, servi-la melhor e defendê-la com mais convicção. Conhecendo os fatos da sua História, conhecendo a vida e a atuação dos Papas, os concílios regionais e universais, os erros e acertos dos filhos da Igreja, podemos entender que ela é uma Instituição divina, caso contrário já teria desaparecido; no entanto, é formada por homens e mulheres que, mesmo com a auréola de santidade, trazem suas fraquezas. É a História de uma Igreja que é divina, mas formada por homens santos e pecadores, heróis e mártires, justos e ímpios. Nela vamos encontrar façanhas maravilhosas repletas de heroísmo de santos, mártires e missionários, mas vamos encontrar também momentos de sombra, que foram muito menos intensas que os momentos de luzes, como disse João Paulo II.

O grande historiador protestante, Ludovico Pastor, que escreveu a História dos Papas, em cerca de 40 grandes volumes, por enxergar com clareza essa verdade, se converteu ao catolicismo.

Houve muitos contratestemunhos de seus filhos, mas isso não impediu a sua caminhada. Os santos souberam surgir nos grandes momentos e levantá-la na hora certa, como Inácio de Antioquia, Policarpo de Esmirna, Antão do Egito, Irineu de Lião, Cipriano, Atanásio, Justino, Ambrósio de Milão, Agostinho de Hipona, Leão Magno, Patrício e Columbano, Gregório Magno, Francisco de Assis, Domingos de Gusmão, Inácio de Loyola, Teresa de Ávila, e muitos outros.

João Paulo II disse: "A Igreja não precisa de reformadores, mas de santos". Os reformadores hereges, com sua soberba espiritual e insubmissão à Igreja, sempre a afundaram; os santos, com sua santidade humilde a ergueram.

E assim, através de todas essas vicissitudes humanas, o Espírito Santo que a assiste e conduz, vai conduzindo-a a cumprir sua missão de salvar a humanidade. Cristo confiou à Igreja a sua Palavra e o seu Corpo eucarístico. Nela sempre haverá o joio e o trigo como avisou o Senhor (cf. Mt 13, 24-30,36-43), mas no final o trigo prevalecerá.

O que significa a heresia para a sociedade?

Para o economista ateu, sempre será maio criminoso o contrabandista que o herege.

Menéndez Pelayo

A heresia não é um tema fóssil. É uma matéria de interesse permanente e vital para a humanidade, porque está relacionada com o tema da religião, sem a qual nenhuma sociedade pôde ou poderá durar. Os que creem que o tema da heresia pode ser desprezado porque a palavra lhes parece antiquada e porque se relaciona com algumas disputas há muito abandonadas, está cometendo o erro comum de pensar com palavras em lugar de pensar com ideias.

Hilaire Belloc

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